sexta-feira, 31 de julho de 2009

Para uma interpretação de A ONDA - I

A Onda – Uma leitura à volta do poder

Perante a solicitação do professor Wenger sobre um exemplo de Autocracia, a turma respondeu num tom de inevitabilidade: o Nazismo. O tempo da inscrição histórica é facilmente esquecido quando a vulgaridade é a tónica do ensino. A soberba do presente e a respectiva projecção do futuro fazem esquecer o efeito pernicioso do poder quando não existe uma educação para o «mundo da vida» (entendido como raízes). Daí que o hiato entre a ordem e o caos seja muito ténue.

A transição da esfera privada (família) para a esfera pública (escola) é apresentada como possível condicionante das decisões tomadas pelos alunos. Para tal é dada especial atenção à esfera privada das principais personagens. Os universos são muito semelhantes. Todos apresentam linearidade entre os dois domínios, excepto Stolte cuja dinâmica privado-público é profundamente distinta. Desde o início, Stolte toma as posições mais radicais e bélicas – cujas razões mais à frente abordaremos -,, surpreendendo o professor o que demonstra o poder de atracção que A Onda exerce sobre os alunos que mais sujeitos estão à necessidade de reconhecimento.

1 comentário:

Sara Gonçalves disse...

Já vi este filme e gostei bastante. A primeira educação faz-se em casa. Quando esta é débil, tenta-se encontrar uma famíla, que para estes jovens passou a ser "A Onda", envolta no espiríto de união e lealdade que até então nao tinham encontrado.