domingo, 2 de agosto de 2009

Para uma interpretação de A ONDA - II

A Onda define uma situação simbólica que pressupõe domínio, altivez face à maré; é a afirmação da sumptuosidade do mar. Transpondo-se para o ser humano pode tomar-se num sentido vitalista e de afirmação do super-homem nietzscheano. No caso concreto da fita, a afirmação individual aparece-nos a partir de uma roupagem de autocracia e, simultaneamente, imbuída de um poder carismático, personificados no professor e de um poder legal, em Karo. São, penso eu, as personagens mais vincadas e, por isso, o filme gravita à volta das suas características. Contudo, há uma diferença: a personagem do professor é fabricada e a personagem de Karon é autêntica e, acima de tudo, racional.