sexta-feira, 11 de setembro de 2009


"But whatever you resolve to do, I want you to commit to it. I want you to really work at it.

I know that sometimes you get that sense from TV that you can be rich and successful without any hard work -- that your ticket to success is through rapping or basketball or being a reality TV star. Chances are you're not going to be any of those things.

The truth is, being successful is hard. You won't love every subject that you study. You won't click with every teacher that you have. Not every homework assignment will seem completely relevant to your life right at this minute. And you won't necessarily succeed at everything the first time you try.

That's okay. Some of the most successful people in the world are the ones who've had the most failures. J.K. Rowling's -- who wrote Harry Potter -- her first Harry Potter book was rejected 12 times before it was finally published. Michael Jordan was cut from his high school basketball team. He lost hundreds of games and missed thousands of shots during his career. But he once said, "I have failed over and over and over again in my life. And that's why I succeed."

These people succeeded because they understood that you can't let your failures define you -- you have to let your failures teach you. You have to let them show you what to do differently the next time. So if you get into trouble, that doesn't mean you're a troublemaker, it means you need to try harder to act right. If you get a bad grade, that doesn't mean you're stupid, it just means you need to spend more time studying.

No one's born being good at all things. You become good at things through hard work. You're not a varsity athlete the first time you play a new sport. You don't hit every note the first time you sing a song. You've got to practice. The same principle applies to your schoolwork. You might have to do a math problem a few times before you get it right. You might have to read something a few times before you understand it. You definitely have to do a few drafts of a paper before it's good enough to hand in.

Don't be afraid to ask questions. Don't be afraid to ask for help when you need it. I do that every day. Asking for help isn't a sign of weakness, it's a sign of strength because it shows you have the courage to admit when you don't know something, and that then allows you to learn something new. So find an adult that you trust -- a parent, a grandparent or teacher, a coach or a counselor -- and ask them to help you stay on track to meet your goals."

domingo, 2 de agosto de 2009

Para uma interpretação de A ONDA - II

A Onda define uma situação simbólica que pressupõe domínio, altivez face à maré; é a afirmação da sumptuosidade do mar. Transpondo-se para o ser humano pode tomar-se num sentido vitalista e de afirmação do super-homem nietzscheano. No caso concreto da fita, a afirmação individual aparece-nos a partir de uma roupagem de autocracia e, simultaneamente, imbuída de um poder carismático, personificados no professor e de um poder legal, em Karo. São, penso eu, as personagens mais vincadas e, por isso, o filme gravita à volta das suas características. Contudo, há uma diferença: a personagem do professor é fabricada e a personagem de Karon é autêntica e, acima de tudo, racional.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Para uma interpretação de A ONDA - I

A Onda – Uma leitura à volta do poder

Perante a solicitação do professor Wenger sobre um exemplo de Autocracia, a turma respondeu num tom de inevitabilidade: o Nazismo. O tempo da inscrição histórica é facilmente esquecido quando a vulgaridade é a tónica do ensino. A soberba do presente e a respectiva projecção do futuro fazem esquecer o efeito pernicioso do poder quando não existe uma educação para o «mundo da vida» (entendido como raízes). Daí que o hiato entre a ordem e o caos seja muito ténue.

A transição da esfera privada (família) para a esfera pública (escola) é apresentada como possível condicionante das decisões tomadas pelos alunos. Para tal é dada especial atenção à esfera privada das principais personagens. Os universos são muito semelhantes. Todos apresentam linearidade entre os dois domínios, excepto Stolte cuja dinâmica privado-público é profundamente distinta. Desde o início, Stolte toma as posições mais radicais e bélicas – cujas razões mais à frente abordaremos -,, surpreendendo o professor o que demonstra o poder de atracção que A Onda exerce sobre os alunos que mais sujeitos estão à necessidade de reconhecimento.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Poder IV

A partir da descrição feita do chefe dos Nambiquaras na obra de Levi Strauss, parece claro a existência de uma liderança legitimada pela sua acção: na resolução dos problemas, na antecipação de situações, dinamismo na escolha de itinerários, em suma, o chefe é o que expõe, criando uma identidade grupal. Max Weber define bem este poder: «Probabilidade de impor a vontade a outrem.» (Max Weber, Três Tipos de Poder Legítimo, trad. Artur Mourão, www.lusosofia.net. Pág.3).

O Poder Legal caracteriza-se por uma autoridade possuidora de dois elementos fundamentais: heteronomia e heterocefalia. É resultado de uma vontade exterior ao indivíduo e, por isso, é formal. A regra é o seu leit motiv e o seu ideal é ordenar de acordo com objectivos pré-definidos. O objecto é burocrático, encontrando-se materializado, segundo Weber, nos modernos estados e nas empresas capitalistas (Max weber, op. cit. Pág. 4).

O Poder Tradicional existe para além da legalidade, legitimando-se na tradição dando corpo à máxima «valendo desde sempre» (Max Weber, op.cit , pág. 5). A dominação patriarcal é o seu máximo expoente e possui raízes numa subordinação inevitável face ao poder tradicional. Cria-se, por isso, uma rede de dependências, exercendo o governo por meio da aversão, da emoção, do agrado e, acima de tudo, dos favores pessoais. Weber apresenta dois tipos de poder tradicional: o poder segundo ordens e o poder puramente patriarcal (Weber, op cit, pág. 5 e ss). O primeiro está vinculado à estrutura patriarcal (clã, chefe de família…), é o tipo mais puro do poder tradicional; o segundo representa mais um nível de administração mas cuja servidão lhe está intimamente ligada. A posse é traduzível por este tipo de poder em que os meios de administração são inteiramente desenvolvidos e legitimados pelo senhor, diferenciando-se, por isso, do poder legal pela sua forma intrínseca de deliberação de normas.

Finalmente, o poder carismático vai corresponder com uma ruptura do poder tradicional. Reconhece-se no líder a capacidade para desviar as relações habituais. Caracteriza-se por uma dedicação especial, pelos seus discursos, revelações mágicas, pela postura heróica, a uma pessoa. Os seus tipos mais puros são a autoridade do profeta, o herói guerreiro e o demagogo. Este último é uma invenção dos estados ocidentais contemporâneos; os outros dois correspondem a mecanismos mais ancestrais, embora actualizantes, próprios de uma tradição judaico-cristã. O herói corresponde ao Herzog, ao guerreiro carismático com o seu séquito (Weber, op cit, pág. 10 e ss).